Complexo Caverna do Padre 

Gruta do Padre

Gruta do Padre I (Gruta de Santo Antônio) foto: Evânio Santos em 25 de junho de 2006
Gruta do Padre I (Gruta de Santo Antônio) foto: Evânio Santos em 25 de junho de 2006
Gruta do Padre II Foto: Evânio Santos em 25 de junho de 2006
Gruta do Padre II Foto: Evânio Santos em 25 de junho de 2006
Gruta do Padre III (Lapa D'água) Foto Paulo Victor em 25 de junho de 2006
Gruta do Padre III (Lapa D'água) Foto Paulo Victor em 25 de junho de 2006
Gruta do Padre III (Lapa D'água) Foto Evânio Santos em 13 de maio de 2009
Gruta do Padre III (Lapa D'água) Foto Evânio Santos em 13 de maio de 2009
Gruta do Padre III (Lapa D'água) Foto de Carla em 23 de julho de 2018
Gruta do Padre III (Lapa D'água) Foto de Carla em 23 de julho de 2018
Véu da noiva (Gruta do Padre I) Foto de Evânio Santos em 25 de junho de 2006
Véu da noiva (Gruta do Padre I) Foto de Evânio Santos em 25 de junho de 2006
cavidade ao lado da Gruta do Padre. Foto Evânio Santos em 22 de janeiro de 2017
cavidade ao lado da Gruta do Padre. Foto Evânio Santos em 22 de janeiro de 2017
cavidade ao lado da Gruta do Padre. Foto Evânio Santos em 22 de janeiro de 2017
cavidade ao lado da Gruta do Padre. Foto Evânio Santos em 22 de janeiro de 2017
Estalactites no Salão Monte Sião. Foto Evânio Santos em 08 de julho de 2013
Estalactites no Salão Monte Sião. Foto Evânio Santos em 08 de julho de 2013
Amblipígeo na Gruta do Padre. Foto Evânio Santos em 27 de julho de 2007
Amblipígeo na Gruta do Padre. Foto Evânio Santos em 27 de julho de 2007
Estrada de acesso à Gruta do Padre. Foto de Carla Souza em 05 de outubro de 2018
Estrada de acesso à Gruta do Padre. Foto de Carla Souza em 05 de outubro de 2018
Gruta do padre. Foto de Carla Souza em 05 de outubro de 2018
Gruta do padre. Foto de Carla Souza em 05 de outubro de 2018

Por Evânio Santos

A Gruta do Padre possui três entradas principais. Por ordem de descoberta, a primeira delas ficou conhecida como Gruta do Padre I ou Gruta de Santo Antônio, a segunda é a Gruta do Padre II e a terceira e mais visitada atualmente, devido ao melhor acesso é a Gruta do Padre III, conhecida também por Lapa d'água ou Lapa do Cedro.

Tal descoberta deu-se casualmente em 18 de agosto de 1914 por um grupo de meleiros (constituído por Catarino José Machado, Sabino José Machado, Dionísio Francisco dos Santos, Chico de Bedão e Estevão de Joana da Europa) que procuravam mel silvestre na região, após a queimada do campo para o plantio, pois o cheiro da "cera de abelha" queimada era inconfundível aos meleiros experientes.

A gruta está localizada próximo aos limites territoriais entre Santana e Santa Maria da Vitória. A Gruta de Santo Antônio encontra-se num chapadão que, de súbito, abre-se numa depressão, formando de um lado uma rampa de acesso natural e do outro, um despenhadeiro. Na base da rampa, percebe-se um plano fresco e agradável, um anfiteatro orlado de árvores retas e encantadoras.

Do lado esquerdo da rampa encontra-se a entrada da gruta, encravada numa moldura rochosa em forma de arcada. Em seu interior há várias colunas, uma espécie de pia batismal, um enorme espeleotema, que devido sua aparência alguns chamam de véu da noiva, onde em sua base foi erguido um altar para as celebrações religiosas; bem como outras coisas curiosas e bizarras formadas de estalactite e estalagmite. Ao fundo da gruta, numa cavidade do solo se ouvem os murmúrios das águas do Rio Santo Antônio aí enfurnadas e reaparecendo quilômetros mais a frente, na Gruta da Bananeira.

Ao lado da Gruta do Padre I, há poucos metros à direita, encontra-se a outra entrada, a Gruta do Padre II, onde condutos subterrâneos ecoam a passagem das águas do Rio Santo Antônio por àquelas brenhas.

Logo em sua entrada podemos ver a intervenção do homem alterando o monumento natural, onde foram construídas duas pilastras de concreto, formando uma espécie de portal. Após adentrar poucos metros, é preciso o auxílio de uma corda para descer até a parte mais baixa, onde se observa uma cavidade que leva a um pequeno salão. Há também, uma entrada no teto da gruta onde é preciso escalar para se chegar até ela. Esta entrada dar acesso a algumas galerias, das mais belas do mundo, com incríveis estalactites e estalagmites. Há também um corredor que se limita com uma profunda cavidade, no fundo da qual passa o Rio Santo Antônio.

Atravessando este obstáculo, com equipamento adequado, chega-se a um pequeno salão com poucas formações e, ao que tudo indica, trata-se dos limites dessa parte da caverna.

Pouco mais abaixo, à aproximadamente 30 minutos de caminha por fora da Gruta, na direção sul, chega-se ao terceiro acesso (o maior de todos, onde foram montados os acampamentos interno e externo da Operação Tatus II em 1987), a Gruta do Padre III ou lapa d'água, como é mais conhecida.

Logo na chegada, do lado esquerdo, observa-se um imenso paredão que provoca admiração pela sua magnitude a qualquer visitante. A beleza natural, o clima fresco e agradável são convites irrecusáveis para conhecer cada detalhe.

Seguindo o paredão percebe-se algumas pinturas rupestres espalhadas pela dimensão da caverna. Há também um desnível, que em épocas de chuva forma uma linda cachoeira abaixo da qual, há algumas piscinas naturais de tonalidade azul, devido à presença de calcita. Um pouco mais a frente, há uma pedra, que mais parece um sapo gigante, se observado de longe. Adiante da qual fica o acesso ao interior da gruta, uma descida ondulada com alguns obstáculos, onde é imprescindível o uso de cordas para facilitar a descida.

Lá de embaixo, quando se olha para cima, aprecia-se uma imagem inesquecível da majestosa caverna. Seguindo em frente, chega-se ao interior da caverna, uma espécie de túnel que, se seguido direto, vai até o rio Santo Antônio, mas no meio do caminho, à direita, há um acesso que leva até uma das galerias mais lindas da gruta, o Salão Monte Sião (com exuberantes monumentos formados por gotejamento consecutivo de água, onde algumas delas podem levar até cerca de mil anos para desenvolver apenas 30 cm). Mais a frente há outros salões, cada qual com sua devida beleza, com destaque para uma estalactite em forma côncava, que ao se dar leves batidas com os dedos o som produzido se assemelha com aquele produzido por um sino.

É preciso muito cuidado por onde andar, pois em todo caminho há estalactites e estalagmites em formação e um pequeno descuido pode comprometer uma obra secular, sem falar que esse descuido pode também machucar alguém ou a si próprio.

Chegando ao rio, com equipamento adequado, pode-se tanto desce-lo ou subi-lo, onde se observará inúmeras galerias, ilhas e muitos obstáculos, sendo que alguns deles ainda não foram ultrapassados. Existem alguns lugares em que a água chega a tocar o teto e outros tão estreitos que só é possível a passagem da água.

Há poucos metros da Gruta Lapa d'água, ficou escondida até dezembro de 2014, dentro da mata uma grande cavidade, cuja abertura foi percebida por Aloísio Cardoso (integrante da equipe interna da Operação Tatus II) pelo programa de satélite Google Earth. Segundo Aloísio, a grande abertura poderia ter conectividade com a Gruta do Padre, o que explicaria como algumas espécies que habitam o interior da Gruta poderiam sair a noite para procurar alimento, pois seria mais próximo do ambiente externo por ali do que pela entrada principal da gruta.

A cavidade, com vegetação densa em seu interior e medindo 130 m de norte a sul por 105 m de leste a oeste, localiza-se a 120 m a sudoeste da Gruta Lapa d'água, a 400 m a sul da Gruta do Cedro e a 530 m a Sudoeste da Gruta do Leão. As coordenadas são: latitude (13º13'3.74'' S) e longitude (44º3'59,96'' O).

Olhando de cima percebe-se nitidamente um grande monumento que a natureza levou milhares de anos para esculpir. Seguindo o curso das águas (na época de chuva) chega-se a um sumidouro bem estreito, que deve ter conectividade com a gruta do Padre e a uma pequena entrada na lateral do paredão maior, com alguns estalactites soterrados quase até o teto, sem possibilidades de adentrar seu interior.

Esta cavidade apresenta, a leste, paredões que podem chegar a quase 12 m de altura e, a noroeste, uma grande rampa de barro e sedimentos, que é o melhor acesso ao interior da cavidade, que contém em seu solo, grande quantidade de material orgânico.

É frequente neste tipo de ambiente a presença de aranhas, amblipígios, piolhos de cobra, morcegos, troglóbias, bagres, animais que em sua maioria são cegos e alguns despigmentados, devido ao escuro constante. É muito importante a preservação desses animais, uma vez que, muitos deles só são encontrados em cavernas.

Até o ano de 1917 a gruta era o principal local de romaria da região, iniciada em 15 de agosto de 1915 com uma missa celebrada pelo padre Othon Vieira Lima de Santa Maria da Vitória que se fez acompanhar da filarmônica "6 de outubro" cujos músicos, em carros de boi, foram conduzidos por Eduardo Guimarães.

Dr. Francisco Flôres tendo descido ou mandado que alguém descesse à caverna, recolheu completamente fossilizada, uma cabeça de símio que, após ser remetido para Salvador, este material precioso nunca mais foi visto.

Depois de 1915 a romaria da Gruta do Padre foi engrossando a ponto de constituir um problema para a sobrevivência da gruta de Bom Jesus da Lapa, o que causou grandes preocupações à D. Augusto Álvaro da Silva, bispo da diocese, cuja sede ficava na cidade de Barra-BA.

Como estratégia, em sua visita pastoral à Santana, em 1917, o bispo se interessou pela aquisição de uma faixa de terra ao redor da gruta. Os proprietários das terras onde ela se encontra, reunidos em Santana na presença de D. Augusto, fizeram doação à igreja de 1 km2 (um quilômetro quadrado de terra). A escritura foi redigida e datilografada pelo próprio Bispo, que, assim que apossou das terras, proibiu a romaria à Gruta do Padre.

Murmurou-se que o Bispo de Barra preferiu estrangular a peregrinação à gruta do Padre que sacrificar interesses vitais da igreja em Bom Jesus da Lapa. A medida do saudoso Cardeal Silva, adotada justamente depois de feita a doação das terras, magoou profundamente a população de Santana e Santa Maria da Vitória e mais contundentemente aos doadores, convictos que estavam de uma ação eficiente do bispado visando à criação de uma vila e a melhoramentos indispensáveis à coletividade.

Acreditava o Capitão Justino Moreira Belo, Ovídio Guimarães e Cornélio José de Oliveira (donos das terras) que, permanente a peregrinação à Gruta do Padre, tornar-se-ia esta, uma fonte de renda para os municípios de Santana e Santa Maria da Vitória, um poderoso veículo de propaganda das riquezas regionais, especialmente da pujança das cachoeiras magníficas, da mataria densa e do solo feraz de toda a bacia do rio Corrente.

A Gruta passou a ser chamava de Gruta de Nossa Senhora Aparecida pelos seus descobridores, o nome Gruta do Padre se deu pela própria igreja, mas não que historicamente merecesse esse nome. Segundo o professor Manuel Cruz, in memoriam, se não fosse para ficar o nome de Nossa Senhora Aparecida, que foi o nome que se deu na sua descoberta, que desse então o nome de Catarino José Machado, que foi o primeiro explorador da Gruta.

Hoje a Gruta do Padre é a 3ª maior gruta do Brasil com 16.400 m, 5ª maior do hemisfério sul e possui o maior sistema hídrico subterrâneo de água corrente do Brasil. 

COMPLEXO DA GRUTA DO PADRE: UMA RIQUEZA ESQUECIDA 

Minha senhora, Santana

Eu te peço inspiração

Para contar nestes versos,

Com a voz do coração,

Sobre a mais bela riqueza

Desta nossa região.

A natureza revela

Um cenário encantador

Que inspira jovens e adultos

À vida de fé e amor.

Um oásis bem aqui

Mas que poucos dão valor.

Poder contar essa história

Me deixa muito feliz,

Mesmo não nascendo aqui

Sou santanense raiz -

Vamos falar da terceira

Maior gruta do país:

A gruta é localizada

Na cidade de Santana,

Eu nem preciso dizer

Que a cidade é tão bacana.

E de um povo hospitaleiro -

Melhor cidade baiana.

Foi nos anos novecentos[1]

Que a gruta foi descoberta,

Por um grupo de meleiros,

Que numa atitude certa

Acabaram encontrando

A entrada da gruta aberta.

São: Catarino e Sabino

Com sobrenome Machado,

Dionísio Francisco Santos,

Chico Bedão ao seu lado,

Mais Estevão de Joana

Da Europa, que era afamado.

Procuravam mel silvestre,

Logo em seguida à queimada

Do campo para o plantio,

Pois a cera chamuscada

Sempre indicava o lugar

De uma colmeia encontrada.

Assim, procurando o mel,

Numa sadia "disputa"

Que eles avistaram perto

Uma entrada dessa gruta,

A qual foi logo notada

A beleza absoluta.

A gruta do padre tem

Por ali, mais de uma entrada:

A gruta do Padre Um

Foi a primeira encontrada.

A gruta de Santo Antônio

Como também é chamada.

A gruta do Padre Um,

De beleza escultural,

Tem logo na sua entrada

Uma rampa natural,

Que eu só posso descrever

Como: Sobrenatural.

Ninguém consegue explicar

Tamanha e rara beleza,

A não ser dizer que é

Obra da mãe natureza,

Que exige do ser humano

Um pouco de sutileza.

Se por fora essa paisagem

Já nos faz vários convites,

Imagine entrar na gruta

E encontrar estalactites,

Quase se encontrando abaixo

Muitas estalagmites.

A gruta do Padre Um

Se encontra num chapadão,

Que de súbito se abre

Numa enorme depressão,

Formando de um lado a rampa,

Como sendo feita a mão.

Essa rampa é natural,

De um plano fresco e agradável,

Um anfiteatro orlado,

Cada árvore saudável,

São retas e encantadoras,

Algo nunca imaginável.

Do outro lado dessa rampa

Há grande despenhadeiro

Que se estende soberano

Num desafio ligeiro,

Para entrar em seus domínios

Qualquer um aventureiro.

No interior dessa gruta

É tudo fenomenal:

Várias colunas rochosas,

Qual obra medieval;

E uma pedra no formato

De uma pia batismal.

Enorme espeleotema,

Devido a sua aparência

Alguns chamam "Véu da Noiva".

Foi erguido com prudência

Um altar religioso,

Devido a muita insistência.

Ao fundo da gruta tem

Uma bela cavidade

De onde se ouve os murmúrios

Que vêm da profundidade:

São águas subterrâneas

A toda velocidade.

Águas do rio Santo Antônio,

Numa enorme corredeira,

Enfurnadas sob a terra,

Quilômetros de ribanceira,

Só reaparecem à frente,

Na gruta da Bananeira.

A nossa segunda entrada,

A gruta do Padre Dois,

Lógico, você já sabe,

Foi descoberta depois,

Eu falei só porque gosto

É de dar nomes aos bois.

Por último, a lapa d'água,

É nossa terceira entrada,

É essa que atualmente

Tem sido mais visitada.

Ah! E por Lapa do Cedro

Também é denominada.

Um cenário de beleza

Foi desenhado por Deus,

É fonte de inspiração

Pra a fé, até dos ateus.

E ajuda até o poeta

Escrever os versos seus.

No complexo de cavernas

Existe grande riqueza:

Os sítios arqueológicos,

Um primor da natureza;

Florestas, faunas diversas,

Cada com sua beleza.

O complexo é importante

Pra essa população,

Serve de fonte de renda

Para toda a região.

Pra pesquisas científicas

E para visitação.

O sistema de cavernas

Precioso quanto o ouro,

Abrange diversas grutas:

Do Cipó, do Sumidouro,

Do Padre, da Bananeira,

Cada uma é um tesouro.

O complexo de caverna

Cheio de belezas mil,

Maior sistema hidrológico

Subterrâneo do Brasil.

Só não caia nessa água

Que ela é bastante "hostil".

Os sítios arqueológicos

Que ganharam sobrevida

São: o Sítio das Porteiras,

Também da Pedra Escrevida,

Gruta do Padre e também

Pedra Escrita (nessa lida).

Porém, peço aqui licença

Para mandar o recado,

Interrompo este cordel

Para lembrar que o Cerrado,

Em toda essa região,

Está sendo maltratado.

Há muitos frutos silvestres

No Cerrado da Bahia,

De onde os nativos retiram

O alimento a cada dia,

E como fonte de renda

Têm uma grande valia.

Essa fonte de alimento

Vai aos poucos se acabando

Por causa da cobertura

Vegetal que estão tirando:

Plantio das monoculturas

Agora está dominando.

Diversos frutos silvestres

Estão desaparecendo

Por causa do agronegócio

Que depressa está crescendo,

Assim o povo nativo

Sua renda vai perdendo.

É preciso providencia,

Preservação de verdade,

Pois essa beleza enorme

É pra toda humanidade.

Nós devemos entregá-la

Intacta à posteridade.

Autores: Niro Carper e Ulisses Ângelo


[1]A gruta do padre foi descoberta casualmente em 18 de agosto de 1914

Rio Santo Antônio (o rio de águas azuis e cristalinas)


Rio Santo Antônio (Interior da Gruta do Padre)
Rio Santo Antônio (Interior da Gruta do Padre)
Rio Santo Antônio (deixando a Lapa da Casa do Índio)
Rio Santo Antônio (deixando a Lapa da Casa do Índio)
Rio Santo Antônio (a céu aberto após deixar a Lapa da Casa do índio em direção ao rio Corrente)
Rio Santo Antônio (a céu aberto após deixar a Lapa da Casa do índio em direção ao rio Corrente)
Rio Santo Antônio (comunidade do Cedro do Corrente)
Rio Santo Antônio (comunidade do Cedro do Corrente)

Os lagos de águas azuis e cristalinas chamam a atenção pela presença de calcita, um mineral encontrado em pedras calcárias. 

O Rio Santo Antônio nasce nos Gerais de Canápolis, passa na Ponte entre São Pedro e Santo Antônio (divisa de Santa Maria da Vitória com Canápolis), depois entra na Terra na Fazenda Piengo, aparece pela primeira vez na Gruta do Cipó, faz seu maior percurso de quase 15 km dentro da Gruta do Padre, Ressurge na Gruta da Bananeira, passa pela Lapa da Casa do Índio (descoberta em setembro de 2006) e deságua no rio corrente, na comunidade de Cedro do Corrente, na divisa de Santana e Santa Maria da Vitória, na margem esquerda do Rio Corrente. Seu trajeto subterrâneo é tão extenso que é considerado atualmente, o maior rio subterrâneo de água corrrente do Brasil.

A importância desse rio está na manutenção da vida aquática encontrada em cavernas e no abastecimento agrícola da comunidade do Cedro do Corrente e nos Gerais de Canápolis. Seu índice de pouição já é bastante intenso, daí a necessidade urgente dos órgãos ambientais da Bahia de se fazer algo no intuito de solucionar tal descaso.

A partir do sumidouro próximo à Vila de Santo Antônio (município de Canápolis) até sua ressurgência no Cedro do Corrente (município de Santana), o Rio Santo Antônio, afluente da margem esquerda do Rio Corrente, faz um percurso subterrâneo, de mais de 25 km, que somado com os riachos contribuintes, tanto na margem esquerda como na margem direita no interior da Gruta do Padre, estima-se uma extensão de aproximadamente 28 km do fluxo das águas internas.

A Bacia do Rio Santo Antônio tem suas nascentes nas áreas da Formação Geológica dos Arenitos Urucuia, divisa dos municípios de Canápolis e Santa Maria da Vitória, com clima Semiárido. Passa pela Zona de Tensão Ecológica, onde as degradações ambientais estão provocando erosões nos solos arenosos, cujos sedimentos estão sendo levados pelas enchentes e entupindo algumas cavernas. Os lixos de alguns povoados, que são jogados nas margens das drenagens do Rio Santo Antônio também estão sendo carreados para dentro das cavernas. 

Pinturas Rupestres 


A gruta contém um grande paredão com diversas pinturas rupestres. Pinturas que estão sendo rabiscadas e apagadas por visitantes.  

Até agora não há nenhum projeto governamental para a preservação do local, mas aqueles que visitam o Complexo vêm que é necessário a criação de políticas públicas para preservar o local.   

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